Todos nascemos doentes do mesmo mal:
Somos todos vítimas de um tempo final.
Esse sujeito que como o vento não se vê.
Não há tempo no relógio, na sombra ou na [TV.
Doença implacável que não tem cura,
Enruga a pele e deixa a mente escura.
Desfaz os laços e leva os amores
Cria tantas feridas e tantas dores.
Não é por outro motivo que morremos
Que não pela medida de vida que nos cabe.
Uma pena que nunca soubemos
Morrer de forma digna de verdade.
Não há dignidade na vida.
Não há beleza na eternidade.
Só vive quem sabe que morre
E essa é a verdadeira liberdade.
Não há mal que o surpreenda,
Nem incidente que o assuste.
O tempo é deus soberano
E com ele não há ajuste.
(Ella Maria)
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