Segue forte caudaloso
o rio na chuva.
Arrastava as margens
da cidade,
da vida selvagem,
e da racional também.
Meu pensamento ia...
Escorria...
Com a água podre,
o cimento,
o lodo.
Descia um barco,
um tripulante
à deriva na corrente.
Fino feito folha,
veloz ao sabor do vento.
Era frenética,
exaustiva,
a luta da corrente,
do barco,
da minha mente.
Fluíam nas águas
descendo pela calçada
passando pela sarjeta,
na boca de lobo
dessa rua indigente
que é o coração da gente.
(Stella Araujo)
(Stella Araujo)
Nenhum comentário:
Postar um comentário