Amo cada uma de tuas esquinas,
Teus pipoqueiros,
O caldo de cana e pastel
Nos botecos da suburbana.
Onde sempre toca
As marchinhas do Kéti
E o cavaquinho do Nelson
(Centenário da Mangueira).
Amo as cadeiras nas calçadas,
A meninada que se esbalda
Jogando descalça
Na rua e na ladeira.
Aquele abraço pro jorge Ben,
Noel, Cartola e Paulinho,
Que nasceu em Botafogo,
Mas fez fama em Oswaldo Cruz.
Amo as amendoeiras
Os parquinhos de areia
Com o Cristo de costas
E os chinelos que são trave.
Diga ai que saudade
Do Pixinguinha, do Jacob
E do rei da voz,
O Chico Alves.
Amo o rolimã descendo a rua
O samba que toca de fundo
Que é partido-alto
Entre os mais antigos.
Um beijo para a Beth,
Para o Arlindo, Dona Ivone,
O Zeca (do pagode)
E também o Martinho (da Isabel).
Sua história e suas casas
O pagode no churrasco.
Suas ruas, seus becos
E os barracos em cascatas.
Todos juntos no Zicartola,
E no Cacique,
No fundo do quintal
De cada escola do carnaval.
(Ella Maria)
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