Se pensas que há sofrimento nestas letras,
Ou que meus versos choram saudades,
Saibas que lavo as mãos.
Depois que nasce o poema
E se consuma o parto
Este parte pro mundo.
O poema desabrocha solitário
Sem pai nem mãe.
O poema sai pelo mundo
-do leitor-
Sem parentes ou amigos.
É mundano, cortesão de vida fácil,
Se entrega a qualquer letrado.
O poema se entrega ao teu prazer,
Diz o que queres ouvir,
Não tem vontade ou querer,
Não passa de um devir.
(Stella Araujo)
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