terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Paternogênese poética

Um pedacinho da alma do autor,
Aquele com o maior poder de criação, 
Sozinho por mitose das palavras
Gera os mais belos poemas.
Filhos queridos!
Criados com zelo de mãe,
E disciplina de pai,
Sem estrelas, cruzes ou epitáfios.
Não devem ter aniversário...
São palavras eternas e não datadas,
Lidas por silenciosos leitores
No solitário silêncio do eu.
Estão no coração de quem os escreve,
Mas também de quem os lê.
Pedacinho de vida,
Um complexo arranjo de células,
Palavras que se juntam em diferentes 
                                                             [funções.
Fala, anda e pensa sozinho,
Com verbos infinitos e infinitivos,
De onde surgem as frases e orações
Como louvores para um novo mundo
Baseado no que há de divino em todos nós.

(Stella Araujo)

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