Ismália, volte já para cá!
Esses teus sonhos e loucuras
Jamais vão se concretizar.
Volte à terra que é teu lugar.
Jamais houve humano
Que sem asas soubesse voar.
Saia de tua torre que te prende.
Tire do alto da janela
Teu corpo que pende.
Nenhum sonho é da gente.
Ponha no chão teus pés
E nunca mais se tente.
Esqueça teus desvarios
Antes da última entente.
A lua não te aceita,
o mar não te entende.
Lembre-se do que você semeia
E tire já os pés da areia.
Não se perca nas ondas,
Nem na voz da sereia.
Não desista da peleia.
Não siga com os olhos
Esse moinho que devagueia,
Pois ele vai empurrando
Essa tua boca cheia.
O mundo gira por si só todo tempo.
Não há nada que você possa fazer
para seu próprio salvamento.
A loucura te toma,
meu choro me destrói.
Lá se foi mais uma
Para o céu de todos nós.
(Stella Araujo)
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