segunda-feira, 8 de julho de 2019

Metapoema II

O poema nasce de um formigamento,
Do meu sangue que fervilha
Aquecido pela alma comprimida.
E assim de tempo em tempo
Percorrem minhas veias
Esses pedacinhos de mim
Que entre células se ajuntam
E formam palavras desnudas.
Sem vergonha nem limite
Constroem versos e poesia.
Quando de mim se desprendem
Deitam plácidos no branco
Do papel ou da tela.
Quando de mim nascem
Já não são mais meus,
Mas sou eu infinitamente.

(Ella Maria)

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