quarta-feira, 17 de julho de 2019

Moinho

Verteu-se no copo o vinho
E embriagou meu caminho.
Entre taças e garrafas
Vejo imagens amorfas.

Enquanto eu assim definho
Triturada em pó miudinho
Enfeitiçaram-me as ninfas
Com lindas juras apócrifas.

Morro assim devagarinho
No que já foi nosso ninho
Formando adubo na terra.

É que o amor é moinho,
Apodrece se sozinho
Não renasce quando erra.

(Ella Maria)

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